Portugal 21 de Dezembro
de 2015
É um pouco complicado
começar mais um texto em só gostaria de escrever sobre futebol, mas tenho de voltar
a escrever sobre como a comunicação
social continua a ser protagonista, “inclinando” o campo da opinião contra o
Benfica e a favor de FCP e SCP... Não nos podemos admirar que alguns
adeptos (ruidosos) do Benfica se atirem à sua própria equipa, enquanto os
adeptos de FCP e SCP se atiram... contra o Benfica e contra as arbitragens.
Ontem a capa do
jornal “benfiquista” a BOLA tinha em toda a altura da página, a foto de Rui
Vitória com o título destaque “TENSÃO EM ALTA”. Nem o JOGO dos amigos que o Sr.º
Vieira tem para as bandas do Porto, conseguiu atingir tamanho nível de desfaçatez...
Vamos por partes. O
Benfica empatou em casa do União da Madeira, ficou um golo do Benfica por
perceber se foi bem ou mal anulado, uma vez que a Sporttv não repetiu o lance e
toda a comunicação social escrita, no online, varreu o lance para baixo do “tapete”,
criando assim – parte 1 do processo
- a ilusão que os 2 pontos perdidos se deviam única e exclusivamente ao “mau”
futebol praticado pela equipa, à má orientação do treinador, etc., o que, parte 2 desse processo, permite criar o
inquérito “depois do empate na Madeira, o treinador tem condições para treinar
o Benfica” que por sua vez serve de “rastilho” à novela do “treinador fica ou sai”
que é alimentada pelo habitual “guião” das
opiniões, das referências indirectas, e quando isso não é suficiente, pelas
respostas dos “burros” dos ex-treinadores do Benfica que se põe a jeito para opinar a favor da “corrente”.
Intencionalmente escrevi
“treinador” porque este esquema não se aplica só a Rui Vitória mas passa-se
todos os anos, nuns mais do que noutros. Nem Jesus foi excepção. Lembremo-nos do
que se disse de JJ acerca da forma desgastante do futebol que incutia nas suas
equipas, de que em Fevereiro normalmente rebentavam todas, das invenções, das
teimosias, etc. Qualquer coisa serve
para criar o rastilho da novela “o treinador fica ou sai” ou numa fase 3 do
processo, “sai, quando?”.
Como se percebeu do
meu último texto, os gabirus da comunicação social não têm problemas em calcar pessoas (esquecendo o seu passado futebolístico),
em omitir incidências de arbitragem com
interferência no resultado (afinal a Liga da “Verdade” do Rui Santos, só
existiu até JJ se passar para o SCP), em
especular com o futuro das pessoas que o Benfica contratou para orientar,
gerir ou praticar o nosso futebol. Nada disso conta quando se quer destruir a estabilidade do nosso futebol, por via da
criação de uma pressão artificial sobre
alguns dos responsáveis mais notórios, como é o caso do treinador.
Os adeptos, esses
coitados, são esmagados pela quantidade de “sinais” que lhes entram no cérebro
pela visão, pela audição e até pela sensação... quando são gozados pelos
adeptos rivais, os tais que são conduzidos a criticar arbitragens mesmo em
jogos que são beneficiados.
Mas como o futebol não é uma ciência linear que os
gabirus da comunicação social percebam em regime de exclusividade, eis que
o mesmo União que tirara 2 pontos ao Benfica do “mau futebol praticado”, agora tirou
3 pontos ao SCP “do bom futebol”. No espaço, não de 4 meses, mas de 4 dias uma equipa
serviu de prova dos 9 à qualidade dos dois adversários que defrontou, com nítida
vantagem para o Benfica, que se pode queixar de um golo possivelmente mal
invalidado, enquanto o SCP pode dar-se mais uma vez agradecido à arbitragem por
mais um penalty não assinalado contra.
Ou seja, apesar do cenário de A BOLA estar montado para
prejudicar o Benfica via agitação em torno de Rui Vitória, eis que o
futebol se revoltou contra esta trama de malvadez e decidiu por um pouco de “ordem
na mesa”.
Esta minha “viagem”
sobre a influência dos jornais no pensamento das pessoas faz-me recuar no tempo
para dar dois exemplos com que termino esta crónica. Na época 90/91 quando
ganhamos 2-0 nas Antas com golos de César Brito, a edição da BOLA na véspera do
dia do jogo dava amplo destaque, meia página, à mentira de que “o árbitro
viajou no comboio do Benfica”. Na época 98/99 após derrota em casa do Kaiserslautern, campeão alemão, por 1-0, a BOLA colocava em destaque na capa, a
meias, Souness e Krajl (guarda redes do FCP) com o “sugestivo” título destaque “CULPADOS”
(o FCP também perdera em casa 0-1 com o Panatinhaikos reduzido a 10 unidades).
Há coisas que não se explicam. Entendem-se...
Totalmente de acordo.
ResponderEliminarOs mesmos merdia esquecem sempre que este Benfica "sem ideias", "sem fio de jogo", de "futebol aos repelões", sem "soluções para chegar com perigo à baliza adversária", é, apenas, o MELHOR ATAQUE da prova.
Como eu costumo dizer: Olha se estivéssemos a jogar bem...