Primeiro que tudo, parabéns a Bruno Lage por ter batido um recorde com quase 60 anos... 25 vitórias em 27 jogos não é para todos.
Em segundo, vitória justa com uma exibição sofrível mas sem favores.
Em terceiro, os campeões fazem-se assim. Quando as exibições não são brilhantes, o fundamental mesmo é amealhar os 3 pontos.
O jogo...
Como vos disse na prévia e sabendo que Rafa não iria jogar, estava expectante e com esperança de que finalmente iria ver uma variante diferente do nosso lado esquerdo ao ter um ala puro na posição. Basicamente esperava o jogo interior habitual do lado direito, e do outro, um ala diferente com mais propensão para centros, 1x1, a jogar mais encostado à linha dando finalmente a largura que acho ser essencial a este Benfica demasiado previsível e com exibições pouco condizentes com o estatuto de campeão.
Vi algo diferente nos primeiros 15 minutos, mas rapidamente as coisas alteraram parecendo que Cervi estava obrigado a jogar a mais de 10 metros da linha lateral. Resultado... Seferovic, Taarabt, Pizzi, Cervi, Gabriel e Florentino, todos a jogar pelo meio, com a largura a ser dada unicamente pelos laterais André Almeida e Grimaldo, que teriam que se preocupar em fazer 50 metros para a frente no ataque e sprintar os mesmos 50 metros para trás para defender.
Ora, penso que é aqui que reside o nosso problema.
Com os nossos alas dentro e o jogo interior bloqueado, estamos dependentes da subida e projecção dos nossos laterais a atacar, a combinar e a cruzar... isto é muito curto para o Benfica.
Temos que estar preparados para colocar algo diferente no campo. É que esta forma de jogar dos nossos adversários nem sequer é nova, e já tivemos mais que tempo para ter algo pensado para lhes trocar as ideias.
Todas as equipas que defrontam o Benfica actual, sabem que um dos pontos fortes da equipa é o seu jogo interior dado precisamente pelo seus médio alas, e ao sabê-lo, colocam os seus laterais mais por dentro e jogam com os seus alas quase a fazer de laterais. Resultado, temos um adversário a bloquear completamente os nosso jogo, sentindo-se confortáveis em bloco baixo, a jogar de frente e a esperar por nós para que sempre que ganha a bola sair em ataques rápidos e contra-ataques.
Se o nosso jogo interior é um dos nossos pontos fortes, eu admito que Lage insista nele, mas já me fica complicado perceber (desculpem a insistência), que ao ver que as equipas adversárias estão preparadas para nos contrariar, não termos uma variante ou um plano B que contrarie e acrescente imprevisibilidade ao sistema.
Eu defendo que em vez da largura a atacar ser dada pelos nossos laterais, optemos por dá-la com os alas, ou com um dos alas.
A um ala que jogue encostado à linha acontece de duas coisas uma... ou está sempre sozinho, ou tem o lateral com ele. Se está só óptimo, temos um ponto de desequilíbrio, se está com o lateral quer dizer que haverá espaço entre o central e o lateral ou no corredor central. Este é apenas um exemplo.
O que quero dizer com isto, é que estamos muito limitados na nossa astúcia no xadrez, pois colocamos as peças sempre nos mesmos lugares.
Neste jogo em particular, tivemos um numero exagerado de passes falhados e além disso cometemos muitos erros defensivos. Não nos podemos esquecer que se dependemos dos laterais para desequilíbrios na frente, também dependemos deles para o equilíbrio atrás, sendo que ninguém faz durante 90" o corredor cima/abaixo com o mesmo fulgor.
Vlachodimos para mim de longe o melhor em campo e isso quererá dizer alguma coisa.
Para terminar, a pior coisa que nos pode acontecer é os jogadores começarem a duvidar do que lhe é transmitido e pedido pelo treinador. Lage tem que perceber isso e não pode deixar que os jogadores percam prazer e alegria em jogar.
Não podemos também ter vacas sagradas no 11 e se todos contam, não podem uns contar mais que outros. Seferovic não está num bom momento e a sua insistência é contraproducente para ele e para a equipa.
Eu defendo que em vez da largura a atacar ser dada pelos nossos laterais, optemos por dá-la com os alas, ou com um dos alas.
A um ala que jogue encostado à linha acontece de duas coisas uma... ou está sempre sozinho, ou tem o lateral com ele. Se está só óptimo, temos um ponto de desequilíbrio, se está com o lateral quer dizer que haverá espaço entre o central e o lateral ou no corredor central. Este é apenas um exemplo.
O que quero dizer com isto, é que estamos muito limitados na nossa astúcia no xadrez, pois colocamos as peças sempre nos mesmos lugares.
Neste jogo em particular, tivemos um numero exagerado de passes falhados e além disso cometemos muitos erros defensivos. Não nos podemos esquecer que se dependemos dos laterais para desequilíbrios na frente, também dependemos deles para o equilíbrio atrás, sendo que ninguém faz durante 90" o corredor cima/abaixo com o mesmo fulgor.
Vlachodimos para mim de longe o melhor em campo e isso quererá dizer alguma coisa.
Para terminar, a pior coisa que nos pode acontecer é os jogadores começarem a duvidar do que lhe é transmitido e pedido pelo treinador. Lage tem que perceber isso e não pode deixar que os jogadores percam prazer e alegria em jogar.
Não podemos também ter vacas sagradas no 11 e se todos contam, não podem uns contar mais que outros. Seferovic não está num bom momento e a sua insistência é contraproducente para ele e para a equipa.
Notas: Vlacodimos 7, Grimaldo 6, R Dias 6, Ferro 6, A Almeida 5, Florentino 7, Gabriel 5, Pizzi 6, Cervi 6, Taarabt 6, Seferovic 5, Chiquinho 6, Vinicius 5.
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