Retirado do Observador:
"Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica, abordou na noite desta segunda-feira, à partida para Famalicão onde os encarnados jogam amanhã a segunda mão da meia-final da Taça de Portugal, o ambiente sentido no estádio do Dragão e o condicionamento aos mais variados intervenientes, pedindo em paralelo a intervenção da Liga, da Federação e do próprio governo entre outras notas que já tinham sido deixadas pelos encarnados.
“Quando se chega a uma situação em que há uma desconfiança… Em que se penduram árbitros e jogadores numa forca… Por que não haver árbitros estrangeiros? Não é por não acreditar em A, B ou C, mas tem de se acabar esta suspeição. Assim chamamos árbitros estrangeiros, que podem errar, não estão ligados a nenhuma equipa… Erram como qualquer um, uns mais descarados, outros menos… Dou-lhe um exemplo: imaginemos que o penálti que foi marcado contra o Benfica tinha sido marcado contra o FC Porto, acha que a pastelaria do senhor Artur Soares Dias estaria aberta no dia de hoje no Porto? Não estava de certeza absoluta”, começou por referir.
“É este o ambiente no futebol. Eu estou dentro dele e sei o que se está a passar. Não posso continuar… Parece que vou ter de começar a levar polícia de choque comigo quando vou ao Dragão jogar. É impensável para mim que as estradas no Porto sejam obstruídas para deixar o autocarro do Benfica passar. Há qualquer coisa que está mal nisto. É um espetáculo, uma indústria, acho que de uma vez por todas temos de pôr a mão na consciência e perceber o que queremos disto. Não há um problema de não ganhar”, acrescentou a esse propósito.
“Há dois jogadores que não podem continuar em campo e um penálti que não existe. Isso vi com os meus olhos e numa altura decisiva do jogo. Isso e um tratamento nos cartões amarelos diferenciado. Esta dualidade de critérios é flagrante. Não tenho nada contra ninguém, não estamos a perseguir ninguém. Fizemos um comunicado a alertar tudo e toda a gente do que se está a passar”, salientou, antes de responder também ao líder da APAF, Luciano Gonçalves, deixando mesmo um desafio ao responsável pela classe dos árbitros.
“Ontem mandei uma mensagem bastante construtiva ao presidente da APAF. Ao ler o que ele me respondeu dá-me vontade de o desafiar a publicar a minha mensagem e a resposta que ele me deu, para vocês verem onde chega a hipocrisia no futebol. Quando diz para os dirigentes estrangeiros virem para Portugal… Não se deve estar a dirigir a mim, de certeza. O meu passado no futebol está no Alverca e no Benfica. Eu no dia em que deixar saio com a obra pronta, deixei um passado que me vou sentir orgulhoso. Ele, quando sair, deixou um banho de nada, de mentiras…”, concluiu Luís Filipe Vieira, ante da partida dos encarnados para o Porto de avião."
Para mim... Já devia ter sido, mas compreendo que o momento em que eu acho que esta intervenção deveria ter ocorrido fosse muito cedo na época! Assim... Como defendi de manhã... Este era o momento! E foi!
As palavras também me parecem corretas... Sem ruído desnecessário e foco na proposta que expõe o ridículo da narrativa portista dos padres! Qual a coerência de quem sempre teve como argumento os padres e que lá fora é que se via... De agora ficar em "pânico" com esta proposta e ser agora o defensor dos padres? Só me custa a perceber como se demorou tanto tempo a chegar a este Spin! De tão óbvio!
PS. Faltou só referir a batalha dos áudios! Presidente... Queremos os áudios! Sempre!