sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Benfica 1 - Champions 2



Portugal 7 de Novembro de 2014

Finalmente ganhamos o primeiro jogo na Champions, e nem o facto de ter sido na jornada 4 impede de pensar que ainda é possível o apuramento para os oitavos de final.
A vitória sobre o Mónaco foi difícil, e mais uma vez se notou a grande diferença que é jogar contra equipas do nosso campeonato, ou jogar contra equipas de outros campeonatos, apetrechadas de unidades individuais de elevada qualidade e como tal, de grande procura, e como tal de maiores orçamentos!
Há gente que, com alguma indolência intelectual, costuma dizer que os “orçamentos não ganham jogos”, o que em parte é verdade. Mas os orçamentos permitem contratar os jogadores de qualidade que permitem ganhar os jogos. E vai dar ao mesmo: os orçamentos ajudam a ganhar jogos!
E neste aspecto não é demais lembrar, que o Benfica partiu para este grupo com o orçamento mais baixo das 4 equipas do grupo, apesar de sermos a equipa com melhor coeficiente desportivo.
Também não é demais lembrar que este Mónaco não tinha sofrido golos nos 3 jogos anteriores da Liga dos Campeões, que não perdia há 6 jogos consecutivos, e fora de casa há 3. Se somarmos a isto, o facto do empate ser muito importante para o Mónaco e praticamente afastava o Benfica (já sabia da derrota do Zénit) então temos de considerar que o Benfica fez algo de muito, mas mesmo muito importante nesta edição da Champions.
Claro que a comunicação social que colocou pressão em cima de Jesus (eram dele as fotos nas 1ªs páginas dos jornais) nos dias anteriores, quiçá porque fizeram o mesmo raciocínio que fiz em cima e porque apostavam num mau resultado, em particular porque no Mónaco jogam mais portugueses do que no Benfica, (e mais esse talento de nível estratosférico chamado Bernardo Silva), é a mesma comunicação social que no dia seguinte dá destaque ao Talisca, e nos dias seguintes ao SCP e ao seu fantástico 3º golo.
Sem dúvida que uma jogada que envolve 31 passes e termina em golo é uma boa jogada. Mas se o Benfica quisesse fazer isso em Braga, seguramente algum dos nossos jogadores ia levar uma paulada, e o árbitro ou não ia ver e a bola ficava na posse do Braga, ou marcava falta mas esquecia o cartão, ou havendo lugar a cartão mostraria o mais suave se fosse justificado o mais grave. Ou seja, contrariando um principio muito defendido por supostos entendidos em matéria de futebol, seja o Gaspar Ramos sejam alguns bloguistas, de que para marcar golos basta os jogadores jogarem bem, isto de marcar bons golos também ter a ver com boas arbitragens, coisa que por cá é o que sabemos com a complacência cúmplice da Direcção do Sr.º Vieira. E porque não dizê-lo, com a cumplicidade critica dos apoiantes notáveis do Benfica, os que têm direito de antena nos “media” com expressão nacional, que optam regra geral, por fazer o jogo do inimigo, criticando as opções do nosso treinador ou o desempenho de um ou outro jogador, e não a “marosca” das arbitragens indecentes, como a que se viu em Braga.
Esta vitória era um resultado que podendo acontecer (antes do jogo há sempre 3 resultados possíveis), não pode surpreender ninguém, e com estes 3 pontos continuamos na corrida. Se a corrida é mais fácil a partir daqui? Claro que não. Mas será uma corrida efectuada com níveis de confiança superiores. É preciso não esquecer que o Benfica fez a “pré temporada” em plena competição, já que no defeso, mais de metades dos jogadores da actual equipa, não alinharam em qualquer jogo, e outros como os que vieram do Mundial, apenas o fizeram na parte final da pré-temporada e numa ou duas ocasiões.

Mas isto remetia-me mais uma vez, para a crítica à gestão à moda de Alverca que se instalou no nosso clube. E se Jesus, com aquele misto de ingenuidade e espontaneidade dizia, quando instado a comentar a saída de mais um jogador da equipa, que “ não joga o Matic joga o Manuel”, o Sr.º Vieira é capaz de pensar o mesmo, se instado a comentar as criticas à sua gestão: “não ligo aos críticos porque tenho o Manuel”.
Voltando à Champions, convenhamos que o jogo na Rússia será muito difícil, contra uma equipa recheada de excelentes jogadores como Witsel, Javi Garcia e Garay. Uma derrota afasta-nos dos oitavos de final, pelo que o empate não será mau resultado, em particular se o Leverkusen vencer o Mónaco para selar o seu apuramento. Como estou convicto que irá acontecer. Na última jornada o Zenit não vencerá no Mónaco e nós teremos de ganhar ao Leverkusen para merecermos a passagem.