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sexta-feira, 24 de maio de 2019

Bruno Lage o treinador pegou na equipa na 16.ª jornada e foi peça fulcral no 37


Para mim o 37 foi o campeonato mais incrível e saboroso de todos os que vi conquistar, pois num só campeonato, conseguimos reunir quase todos os ingredientes que vem nos livros a vaticinar um insucesso desportivo.

Os rivais estavam unidos como nunca contra nós com a campanha mais nojenta alguma vez feita, a oposição na pessoa de RGS sedenta de poder juntava-se à descredibilização publica da direção e os maus resultados obrigaram-nos a trocar de treinador a meio da época desportiva.
Fora de campo estávamos também afectados na dor de perder o penta com uma champions inqualificável e na honra de ver o nosso clube envolvido em vários casos de justiça. 

Uma parte significativa da nossa massa adepta dividia-se... uns embarcavam na cantiga comunicacional dos rivais, outros optavam pela ágil oposição política de RGS em campanha semanal angariando simpatias.

O mais curioso é que tanto rivais como RGS estavam de acordo com a estratégia delineada, ainda que paralela e desconcertada.

O objectivo de ambos era claro, passava por rolar com a cabeça de LFV.

Não deixa de ser estranho, antagónico e merecedor de parar para pensar dois minutos... Num mundo lógico, se RGS como benfiquista pretende o lugar de LFV, significa que na sua óptica a direção está a fazer um mau trabalho. Se está a fazer um mau trabalho, os rivais quererão é que este estado de coisas permaneça e não que se altere. Certo???

Porque será que ambos comungavam da mesma opinião?

Simples... Ambos sentiam que era a oportunidade tanto de uns, como do outro, da mudança. Ambos com consciência de que o Benfica ganhando chocaria de frente com os seus interesses.

Ganhamos! Foi incrível! Um enorme CHUPA para todos os que não o desejavam, pois este é dos tais, que se ganha contra tudo e contra todos.

Os méritos devem ser distribuídos...
Desde logo pela nossa comunicação que tanto critiquei por inação. Ajustou e percebeu, que ou comunicamos com esta corja "olho por olho, dente por dente", ou auto descredibilizamo-nos publicamente. Mérito também de todos os profissionais do clube nas mais diversas áreas, presidente Luís Filipe Vieira pelas decisões que assumiu, plantel e equipa técnica que nunca baixou os braços... a nós também, adeptos que acreditamos ser possível apoiar e fazer melhor do que estava a ser feito, ainda que muito poucos acreditassem no 37 (ou nenhuns).
Todos somos campeões justos, pois todos nós temos uma quota parte na conquista... mas há que destacar um homem... Bruno Lage.

Deixo uma entrevista a 10 julho 2018 quando regressou ao Benfica, assumindo o cargo de treinador principal do Benfica B. (Gratidão é um sentimento nobre e o minuto 2:39 é bem revelador do homem Bruno Lage...)

O segundo vídeo é um apanhado geral da história, trajetória e ascensão.

O terceiro vídeo corresponde à fantástica entrevista de ontem.





"OS NÚMEROS E OS RECORDES DE BRUNO LAGE NA LIGA NOS

FUTEBOL
O treinador pegou na equipa na 16.ª jornada e foi peça fulcral no 37.

O Benfica cumpriu o desígnio da Reconquista e confirmou o 37.º título para o seu palmarés. Todos foram fundamentais, mas há um nome incontornável nesta caminhada: Bruno Lage. O Site Oficial traz-lhe os números e recordes do treinador de 43 anos.

Derbi
Começou a temporada na equipa B, com bom trabalho registado e um dos melhores arranques da formação do Clube na II Liga, mas no início de janeiro de 2019 foi-lhe lançado o desafio de agarrar a equipa principal, quando esta se encontrava a sete pontos do FC Porto e a um do SC Braga.
O que se viu a partir daqui foi magia! Com Bruno Lage ao leme, o Benfica não mais perdeu na Liga NOS e a eficácia de triunfos só não é 100%, porque o Belenenses SAD empatou a duas bolas no Estádio da Luz. Ainda assim, contabiliza 94% de aproveitamento na prova, marca que o coloca como o treinador com melhor percentagem de vitórias, superando Jimmy Hagan. É sob a sua liderança que as águias registaram a melhor 2.ª volta de sempre, com 49 pontos (16 vitórias e um empate).
Termina 2018/19 com 19 jogos seguidos sem perder na Liga NOS, sendo que registou a melhor série de triunfos da época – nove vitórias – em duas ocasiões, entre as 16.ª e 24.ª jornadas e entre 26.ª e 34.ª rondas.
Na caminhada para o 37, todos os jogos foram importantes, mas há uns que, valendo três pontos, deixam indelevelmente uma marca motivacional grande nos jogadores. Exemplos? Os desafios com o Sporting, FC Porto e SC Braga, principais adversários do Benfica na presente temporada. Com Bruno Lage como treinador, o Benfica teve que se deslocar aos Estádios José Alvalade (Sporting), Dragão (FC Porto) e Municipal de Braga (SC Braga). O técnico não se amedrontou e alcançou três vitórias: 2-4 em Alvalade, 1-2 com o FC Porto e 1-4 no Minho, registo que só encontra paralelo 1990/91. Nessa época, Sven-Goran Eriksson logrou triunfos nas casas de leões, portistas e arsenalistas.
Benfica-Marítimo

Sob o signo do golo

Desde que o técnico assumiu a equipa, o golo tornou-se ingrediente principal no prato que a equipa servia aos adversários. Em 19 encontros, 72 tentos marcados (média de 3,78); dos 18 triunfos, 10 foram com números de goleada (55%).
Em 34 jogos, 103 golos apontados, o que cifra a média por partida em 3,03. Entre as 10 principais ligas da Europa, ninguém marca tanto como as águias. Este registo de golos é, inclusive, o melhor do Clube no Campeonato Nacional, igualando os 103 obtidos em 1963/64 e superando os 101 de 1972/73 e os 99 de 1946/47.
Se juntarmos as restantes competições, o Benfica contabiliza 140 remates certeiros, números que o Clube não atingia há 54 anos, quando, em 1964/65, sob o comando do romeno Elek Schwartz, os encarnados apontaram 157 golos."
Texto: Marco Rebelo
Fotos: Arquivo / SL Benfica

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