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quinta-feira, 30 de julho de 2020

Rui Gomes da Silva - Programa

Fazendo o melhor acompanhamento possível das eleições do Benfica… Aqui vamos…
 
Rui Gomes da Siva apresentou hoje (pelo menos só hoje tive conhecimento) o seu site (não, não é o ngb) e o seu programa… Link para todos poderem consultar.
 
Como tive conhecimento há pouco tempo e estou a fazer a divulgação do mesmo… ainda não tive tempo de ler em profundidade o programa. Do pouco que li… enfim… fica entre "as boas não são novas e as novas não são boas" e as generalidades deste género de exercícios (que não são minimamente culpa de RGS).
Como disse, não li… mas a copiar-colar o texto abaixo entre muitas outras salientou-se esta frase: "Ou seja, aproximadamente 77% das mais-valias obtidas foram desbaratadas em contratações, grande parte das quais nada acrescentaram à qualidade do plantel." Como é que não acrescentaram se foram essas contratações que geraram as mais-valias que diz terem sido desbaratadas? (desculpem-me mas isto não passa o crivo de uma meia leitura!)
 
Deixo o 1º pilar estratégico e avaliem vocês:
 
1º Pilar Estratégico
FUTEBOL PROFISSIONAL
A política desportiva inerente à equipa profissional de futebol é o pecado capital da atual direção. Verificamos uma constante degradação da qualidade da equipa que não é, necessariamente, compensada por um menor investimento financeiro.
Neste cenário de perda de qualidade na equipa de futebol, de uma política de aquisições ruinosa e de uma autêntica ausência de rumo, o Benfica, nos últimos anos, conseguiu títulos e mantém a competitividade essencialmente graças a uma crise profunda nos principais rivais. 
A relativa superioridade do Benfica tem de ser enquadrada na atual mediocridade do futebol nacional.
Devíamos ter neste momento a hegemonia inquestionável do futebol nacional e devíamos estar a fechar o nosso inédito heptacampeonato. 
A consequência mais visível da perda de qualidade dos plantéis são as últimas campanhas europeias (estamos nas 10 piores fases de grupos da história Liga dos Campeões), onde raramente conseguimos passar a fase de grupos e que põem em causa a nossa grandeza internacional.
A distância para a elite do futebol europeu está a crescer e vamos ficando cada vez mais relegados para um cenário de ator secundário. Muitos pensam que é o caminho normal devido à dimensão do nosso mercado, às diferenças dos orçamentos e ao poderio económico dos clubes das principais ligas (big five). 
Não nos revemos nesta inevitabilidade, porque consideramos que com os recursos que temos podemos fazer muito mais na Europa. 
O Benfica tem de estar sempre na elite do futebol europeu e mundial. Recusando liminarmente a ideia de que isto é uma utopia! 
Ou que o seja se voltarmos a entender utopia no seu sentido original, ... o de algo ideal que não existe atualmente, mas que pode ser alcançado no futuro. 
E é isto que nós queremos fazer, conseguir, atingir com todas as nossas capacidades.
Tornar realidade esta utopia.
A utopia que para uns é algo inatingível, mas que nós acreditamos poder conseguir, com um rumo, uma estratégia, muita determinação. 
Com uma política desportiva ambiciosa e eficiente, em que os recursos existentes sejam canalizados para investimentos em reais mais valias, conseguiremos evoluir para patamares de competitividade que nos levarão a uma real hegemonia nacional e à tão esperada e merecida Glória Europeia.
 
Desta forma, as nossas propostas para o futebol profissional são: 
 
a) Menos e melhores contratações de atletas
O que implica o fim do entreposto de jogadores. 
O Sport Lisboa e Benfica não pode continuar a gastar milhões de euros anuais em jogadores que nunca jogaram no clube e que servem apenas para alimentar a máquina comissionista que se move ao redor do clube. 
Nos últimos 10 anos, de acordo com os relatórios e contas da SAD, foram obtidas mais-valias com transações de passes de atletas no montante de 560,2 milhões de euros. 
No mesmo período e de acordo com as mesmas fontes, o fluxo de caixa líquido resultante de operações com atletas (aquisições e alienações) foi apenas de 129,6 milhões de euros. 
Ou seja, aproximadamente 77% das mais-valias obtidas foram desbaratadas em contratações, grande parte das quais nada acrescentaram à qualidade do plantel. 
São dispêndios médios anuais superiores a 60 milhões de euros que não encontram correspondência no acréscimo de qualidade do plantel.
 
b) Recuperação da autonomia total da política de contratação de jogadores
O Benfica tem de definir regras e limites de atuação de empresários do futebol e criação de uma relação de domínio e não de subserviência com estes. 
E, dessa forma, fomentar uma relação sã e profícua com os empresários que se apresentam atualmente como elementos chave na indústria do futebol.
 
c) Efetuar protocolos com clubes de primeira e segunda divisões dos principais países europeus
Procuraremos em Espanha, na Inglaterra, em França, na Itália, na Alemanha, na Bélgica e na Holanda clubes que nos ajudem a promover uma política de empréstimos internacionais para os jovens jogadores seniores de maior potencial com o intuito de reduzir (ou mesmo eliminar) os empréstimos de jogadores a clubes nacionais e, também por esta via, contribuir para uma maior transparência do futebol em Portugal.
 
d) Formar para reter e não para vender
O mérito da formação do Benfica não pode ser desperdiçado através de uma lógica meramente mercantilista. 
O Seixal não pode ser apenas uma linha de produção de atletas. 
Tem de ser, essencialmente, uma fonte de alimentação do plantel principal. 
Queremos criar uma cultura em que os jovens talentos existentes no Seixal olhem para a entrada no plantel principal como o ponto alto das suas carreiras. 
Isso só será possível se existir um projeto desportivo atrativo que seja ambicioso e que assente na visão da glória europeia subjacente a este projeto.
 
e) Sustentabilidade financeira através de receitas operacionais e não através da venda de talentos
Trata-se de algo perfeitamente ao alcance do Benfica desde que: 
(i) exista sucesso desportivo internacional; 
(ii) exista uma política de aquisições de passes de jogadores eficiente que elimine desperdícios em contratações e comissões que não trazem qualquer valor acrescentado em termos de qualidade desportiva;
(iii) sejam eliminados os dispêndios não produtivos associados a uma estrutura de recursos humanos faraónica e a gastos com serviços de terceiros cuja natureza e utilidade não são evidentes. 
 
f) As vendas fora da nossa política desportiva 
As saídas de atletas considerados estratégicos para o projeto desportivo só serão admitidas em circunstâncias excecionais e, por isso mesmo, ocorrerão sempre pelo valor da cláusula de rescisão sem o pagamento de qualquer comissão de intermediação.
 
g) Aumentar e melhorar a nossa rede de scouting a nível mundial 
É outro dos grandes objetivos, de forma a conseguirmos contratar grandes jogadores em potência, ainda a um preço acessível.
 
h) Redução do número de jogadores do plantel principal e sob contrato
Com a nossa vitória, o Benfica voltará a ter plantéis curtos com 20 jogadores de campo e 3 guarda redes (o terceiro pode ser titular da equipa B ou da equipa sub-23), de forma a fomentar uma real competição pelo lugar na equipa.
Não podemos admitir plantéis com 30 jogadores, alguns dos quais caríssimos e sem qualquer minuto em competições oficiais. 
Teremos de equacionar o fim da equipa B ou da equipa sub-23, já que não se justifica a manutenção de ambas as equipas.
 
i) Aproveitar oportunidades para contratar a custo zero jogadores mais experientes
Com o objetivo de injetar, de forma imediata, qualidade na equipa e ainda para que possam servir de jogadores enquadradores na continuação da formação e na evolução dos mais jovens, admitimos a possibilidade de, pontualmente, contratar jogadores de reconhecida craveira e qualidade internacionais, que sejam, por si só, elementos potenciadores da presença desportiva nas competições nacionais, mas, muito especialmente, na Europa.
O plantel deve ter sempre um atleta com grande visibilidade no mundo do futebol (uma “estrela”).
Fim - ainda - do estigma existente na atual política de contratações do Benfica que impede o regresso de ex-atletas do clube.
 
j) Estrutura do futebol bem definida e com um diretor para o futebol competente e com voz ativa 
Criação do cargo de diretor-geral do futebol que, para além de competências técnicas para o cargo, tenha um indiscutível peso institucional no clube e seja voz ativa na política desportiva e de contratações. 
O treinador principal deve ter alguns atributos específicos: 
(i) não ter medo de apostar em jovens; 
(ii) líder nato; 
(iii) indiferente ao nome e peso dos jogadores e que escolha a convocatória e equipa com base apenas e só no mérito (achamos que os últimos treinadores escolhidos não tiveram força reivindicativa para melhorar o plantel nem ferramentas de liderança para unir equipa); 
(iv) adjunto indicado pela SAD com experiência, conhecedor do nosso campeonato, com história e glória no clube que passe a mística e a grandeza do Benfica à restante equipa técnica; 
(v) equipa de scouting em completa sintonia com as necessidades verificadas na equipa e com relatórios que permitam um rápido ataque ao mercado em caso de necessidade; 
(vi) secretário técnico delegado ao jogo com experiência no futebol e figura inatacável com poder de influência nos diversos intervenientes do jogo; 
(vii) reforço do departamento de apoio aos profissionais de futebol para que apenas se preocupem com o seu desempenho desportivo.
 
l) Criação de uma cultura de profissionalismo e de máxima exigência no futebol profissional
O Benfica dá aos seus profissionais de futebol condições de excelência para exercerem a sua profissão e tem de exigir uma total entrega e foco no cumprimento dos objetivos traçados. 
Propomos criar (ou desenvolver a base existente sem aplicação prática) um regulamento interno anual efetivo em vigor para cada época onde sejam apresentados todos os objetivos anuais, prémios de desempenho e todas regras disciplinares e devidas penalizações de incumprimento.
 
m) Garantir sempre a realização da Eusébio Cup em território nacional (no Estádio da Luz)
Esse será o primeiro jogo da época e também o jogo de apresentação da equipa aos sócios e adeptos. 
E, com isso, conferir a esse jogo a dignidade que Eusébio tem que merecer, convidando para o efeito outros clubes da elite do futebol mundial.
 
n) Assegurar um maior protagonismo do Benfica na governação do futebol em Portugal 
Ser e ter voz ativa na tomada de decisões do futebol nacional, lutando pela imparcialidade dos órgãos de gestão na LPFP e na FPF face a todos os clubes, e valorizar o papel da Associação de Futebol de Lisboa nas referidas instâncias.
Somos frontalmente contra qualquer forma de discriminação e de desvalorização do desporto feminino em geral e do futebol feminino em particular. 
Deixamos desde já bem claro que, para nós, o desporto feminino merece destaque e aposta.
 
Assim, para o futebol profissional feminino propomos o seguinte:
 
a) Integração do futebol feminino na SAD
Poderá, assim, beneficiar dos recursos e das sinergias já existentes ao nível do futebol masculino.
 
b) Reforço da aposta no futebol feminino
A nossa visão de sucesso europeu não estaria completa se não fosse extensivo ao futebol feminino. Queremos dotar o nosso plantel de condições para lutar pela conquista da Liga dos Campeões. Acreditamos que essa aposta é perfeitamente possível com os recursos atualmente existentes, bastando, para o efeito, por exemplo, os montantes usados numa contratação de um atleta masculino que pouco ou nada é utilizado em competições oficiais.
 
c) Utilização das instalações do Seixal
As instalações de excelência de que o futebol masculino foi dotado devem ser igualmente acessíveis para o futebol feminino. 
Queremos que as nossas atletas sintam a grandeza do clube também pela qualidade das instalações e das condições colocadas à sua disposição.
 
d) Realização dos jogos oficiais no Estádio da Luz
Queremos conferir ao futebol feminino toda a dignidade que merece. 
E como achamos que merece a mesma dignidade do futebol masculino, defendemos que os jogos da equipa principal devem ser disputados no Estádio da luz.

E-goi