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quinta-feira, 30 de abril de 2020

Liga NOS de volta a 30 de Maio!


É oficial. O futebol está de volta daqui a um mês, no fim de semana de 30 e 31 de Maio.


Todos sabem a minha opinião, sempre fui a favor do campeonato terminar. Sempre achei que era a única solução possível para uma verdade desportiva possível (mesmo que jogar à porta fechada não seja igual a jogar com estádio cheio). Acho que de um ponto de vista factual o risco de contágio num jogo de futebol à porta fechada, com as devidas cautelas, é menor que em muitos comércios e industria que continuaram abertos mesmo no estado de emergência.

Perante este facto, e sabendo de antemão que este retomar do futebol está pendente do parecer favorável da DGS para o plano que a Liga entregou, digo já que tudo isto me parece mau demais para ser verdade, tirando a parte de retomar o campeonato e colocar a decisão do campeão no campo.

Quais os pontos que para mim são realmente muito maus? Essencialmente três.

1 - Colocar o futebol num patamar diferenciado que é tremendamente injusto de um ponto de vista de igualdade de direitos. Está expressamente proibido a prática de desporto até pelo menos a 15 de Junho à excepção da prática individual sem a utilização de balneários ou piscinas. No entanto abre-se a excepção da Primeira Liga de Futebol. Porquê? Dois amigos não podem ir praticar voleibol para um campo, ou basquetebol num campo publico, mas o futebol profissional pode? Para mim expressamente proibir todo o desporto colectivo no país à excepção do Futebol da Primeira Liga.... é o dinheiro a falar mais alto. Faltou claramente tomates. Se não proibissem os outros, e as ligas acabassem por desistir da ideia porque financeiramente não era viável, ainda entendia. Agora assim? Proíbe-se tudo menos a Liga NOS? Até a 2ª Liga foi proibida? 

2 - Liga NOS recomeça, 2ª Liga não. Como? Não vai haver descidas? Não vai haver subidas? Não se pode homologar os resultados da 2ª Liga. Como se vão atribuir as subidas? Não vai haver subidas? Se não houver subidas, não há descidas? Se não houver descidas vamos andar a brincar na Liga NOS certo?

Só os 7 primeiros ficam a lutar por alguma coisa nesta época? E isto é ser simpático. Na prática só o Benfica e Porto que lutam pelo campeonato e o Rio Ave, Guimarães e Famalicão pela ultima vaga da Liga Europa é que ficariam a jogar com algum interesse?

O Aves e Portimonense riem-se disto? E o Nacional e o Farense?



Feirense a chorar? Porquê esta discriminação entre 1ª e 2ª Liga? Financeiramente não era viável? Okay. Acredito. Mas tem de ser explicado isto muito bem. Porque não um playoff de acesso à primeira divisão, com os últimos 2 a serem despromovidos? Um Final-8 ou Final-4 para a 2ª Liga. Qualquer coisa.

3 - Depois temos a questão dos Estádios. Claramente não vai haver jogos em todos os Estádios. O PM referiu que teria de haver sempre uma avaliação de risco para todos os Estádios e perceber quais aqueles que podem receber os jogos. Eu espero bem que isto não significa jogar-se apenas em 4 Estádios. Tipo, Benfica, Porto, Sporting e Braga. Esta discriminação seria absurda. Fazer as equipas grandes jogarem sempre em casa enquanto as outras equipas teriam de se adaptar. A opção do Centro do país com Aveiro, Leiria e Coimbra parece-me uma solução bem mais interessante.

Temos uma certeza, o futebol em principio estará de volta no final do mês de Maio. Espero que não seja com aquelas medidas absurdas que andam a falar pela Alemanha de máscaras nos jogadores. E sinceramente, para que isto não se torne um circo, espero que na próxima semana se venha esclarecer sobre subidas e descidas no principal escalão do futebol português. Senão... isto vai tornar-se uma autêntica palhaçada.

Taça de Portugal será finalizada, provavelmente no final do campeonato como tem sido regra!

Comentários (72)

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Decisão absolutamente vergonhosa! Quando todos os outros estão confinados em casa e nem sequer a Segunda liga tem autorização, a Primeira Liga irá recomeçar apenas e só porque dois clubes estão em risco de falir e precisam do guito. Nada mais do que isso... é a cedência entre a saúde e o dinheiro.

Como é que será se algum atleta aparecer infectado? Irão meter todos os outros com quem ele entrou em contacto em quarentena? Absolutamente ridículo... já para não falar em questões mais técnicas como os contratos dos atletas que terminam a 30 de Junho... ou transferências como por exemplo o Trincao. Mas alguém acredita que alguma das partes envolvidas vai arriscar uma lesão séria que comprometa a transferência? Claro que não. Então um dos jogadores que mais se tem destacado no Braga vai ser encostado, pois nem atleta nem Braga querem correr esse risco. Nem o abraça irá aceitar correr esse risco.

O Aves já perdeu dois atletas, um deles fundamental como o GR... tudo porque devido à pandemia não puderam cumprir. Onde fica a verdade desportiva no meio disto?

A única coisa que se pede é simples, o cumprimento por parte dos agentes de futebol de todas as normas que são pedidas a todos em geral... bem como a aplicação integral daquilo que é o regulamento das competições aprovado antes da época iniciar. Mais do que isto é apenas invenção.

E lembrar que para haver alterações aos regulamentos, sejam eles o gerais ou o das competições, será necessário a sua aprovação por unanimidade. Por isso, qualquer modelo alternativo que queiram implementar neste momento só com autorização de todos os clubes.
8 respostas · activo há 257 semanas
Concordo que é uma palhaçada.

Em caso de um jogador testar positivo ao Covid, parece que o principio é considerá-lo um jogador lesionado.

Havia de ser bonito 8 ou 9 titulares de um dos grandes testar positivo.

Em França foi definido que a classificação final é a que se verificava na altura da interrupção.
O Lyon e o Amiens estão a considerar processar a federação.

Na Holanda e na Bélgica decidiram de outra forma.

Em Portugal, as modalidades amadoras decidiram que a classificação na altura da interrupção vai vigorar para acessos a competições europeias, mas não há campeões.

Confusos?

Pois, uma trapalhada que seria evitada se a UEFA determinasse um critério igual para todos.

De qualquer forma, e apesar dos se...se...se..., que ainda fazem acreditar que até não haja retoma, a conclusão do campeonato é a única forma de haver justiça. mas isso inclui todas as posições da classificação, senão não há integridade da competição.

Se não houver descidas nem subidas, o campeonato vai ser uma farsa.

Viva o Benfica
1 resposta · activo há 257 semanas
sejamos realistas; esta decisão é tomada no sentido de beneficiar o porto ou de ,pelo menos, tentar que eles consigam ser campeões. Onde está a lógica em se disputarem 10 jogos pra ver se o porto confirma o primeiro lugar? Se não há mais jogos na segunda liga, não haverá subidas. E os dois últimos da 1a liga não descem. Se os campeonatos de Portugal foram anulados, ninguém sobe nem ninguém desce. Logo, ninguém sobe a segunda liga nem ninguém desce da segunda liga ao PPrio.
Só se pode entender esta decisão como uma ajuda extra ao Porto. Tipo, “deixem ganhar o porto ou o abismo é já ali”
Tem a palavra o Benfica.
Ridícula esta decisão do governo... nestas condições.
6 respostas · activo há 257 semanas
O que fazia sentido é o fim da liga, mas para o Benfica é uma excelente decisão. Já para Sporting e Porto o risco é colossal. Principalmente para o Porto, que correr o risco de perder 50 milhões.

Trata-se de uma oportunidade para perceber o que vale a estrutura O DSO montou uma enorme equipa para analisar e melhorar a performance dos jogadores, até foi buscar um americano à Microsoft, por isso a expectativa é altíssima para o que falta jogar. Sem qualquer ritmo de jogo, será o trabalho de bastidores que vai fazer a diferença, juntamente com os treinadores.
1 resposta · activo há 257 semanas
eu até percebo que exista uma diferença entre actividade ao ar livre e em pavilhões.
o que já não se percebe é que é a diferença entre a primeira e segunda divisão.

quanto aos estadios existem alguns que não tem condições normalmente quanto mais para situações especiais como estas, mas esses podem sempre jogar nos estádios do euro que estão parados.

presumo que era ser encontrada alguma solução para as subidas e descidas agora resta saber em que moldes.
era uma oportunidade para só existirem descidas e assim se diminuir os clubes na primeira divisão.
1 resposta · activo há 257 semanas
Eu estava ansioso por esta decisão por três razões:
A primeira é porque haveria sempre o perigo de ser homologada a actual classificação. Porto campeão? F@da$$e!
A segunda porque a UEFA poderia aproveitar a classificação actual para definir os participantes na LC e na LE. Corríamos o risco de ir às pré eliminatórias da LC e ficarmos pelo caminho. Lá se ião os milhões (única razão porque vamos à LC, pois pela vertente desportiva não é, tendo em conta o desleixo e desinteresse com que alguns da estrutura olham para essa prova).
A terceira é porque, mesmo que a Liga fosse anulada este ano os andrades teriam sempre um motivo para se "acharem" campeões, fosse pela classificação ou fosse porque nos tinham vencidos nas 2 vezes que jogaram contra nós. Lá viria a habitual basófia nortenha.

Mas o regresso é também um pau de dois bicos. Por muito "confinados" que os jogadores fiquem têm família, amigos, vão às compras e estão sempre expostos ao contágio. E aí como vai ser? Fica toda a equipa de quarentena? São cancelados os jogos dessa equipa?
Imaginemos um jogador suspeito de contrair Covid-19 mas assintomático e com o teste negativo. Não deixa de ser suspeito aos olhos dos adversários. Já estou a imaginar ele com a bola, a driblar e a dizer aos adversários "vou-te cuspir" ou "dou-te uma escarradela". F@da$$e os adversários abrem alas e é golo de certeza, nem o guarda redes quer tocar naquela bola. E então se ele puxa o escarro (rrrrrghhh) no raio de 20 metros (está no Guiness como a maior distância percorrida por uma escarradela) não se vê vivalma.

Mesmo quando o público regressar aos estádios e ainda sem vacina para o Conarovirus (assim o vírus já não parece tão mau) o cuspe tornou-se uma arma letal. Os Super Dragays que já têm uns bons cuspidores, certamente irão ter cuspólogos profissionais. Ir ao futebol só de máscara FFP8, gabardine descartável e guarda chuva, mesmo no Verão. Se fosse hoje a Jumentude Leonina escusava de ter batido em todos os que apareceram à frente quando fizeram aquela auto-visita guiada por Alcoolchete. Bastava cuspi-los a todos.
F@da$$e.
Foi só preciso ser tomada uma "decisão" (e a mais popular e populista possível) para já estar o mar a arder! Desde os clubes da 2a liga a reclamar até ao marítimo a recusar a vir ao continente.
O Proença vai ficar queimadinho de todo! Ou faz a vontade ao papa e ao atual presidente do clube cujo presidente anterior com telefonemas o colocou lá, ou perde o apoio da 2a liga...

Quanto aos teus pontos..
Quanto ao 1o, percebi bem... Discordo. O futebol é uma atividade muito importante para o país e rende muitos impostos (por muito que o populismo apenas apresente os clubes como mauzões e os jogadores como milionários) que ajudam a pagar muitos subsídios de desemprego e muito tacho e como é normal nem todos os níveis de uma atividade têm a mesma capacidade para implementar determinadas soluções.
2o. Partindo do comentário ao 1o... Se a 2a liga é profissional como é a 1a. Devia começar. Nem vejo motivo de debate. A única explicação é que a solução correta fosse não começar mas como há clubes com muita representatividade no país a correr risco existencial abriu-se uma excepção. Sim, porque se o "desconfinamento" é apenas para metade (mesmo sendo a metade mais "poderosa") a regra continua a ser o confinamento. Mas as equipas da 2a liga vão querer jogar (as que estiverem na luta) e as outras vão ficar revoltadas por serem tratadas de modo diferente. Pelos vistos vão existir subidas e descidas.
3o... Se não existirem jogos em todos os estádios além de ser outro motivo para confusão significa que não é uma competição profissional... Estádios sem os mínimos de higiene? O talho ali da esquina consegue abrir e passam lá 10/100/500 pessoas e um estádio para um evento de 2 em 2 semanas não consegue ter condições?
7 respostas · activo há 257 semanas
Ó meus Caros Companheiros,
Mas é assim tão complicado de entender que, sem a conclusão do Campeonato o Futebol (e muitos outros desportos) de alta competição sofreria um retrocesso de vários anos?
Se é uma questão de dinheiro?
Claro que é!
O dinheiro das transmissões televisivas (mais o do Estado/Contribuintes, nos casos em que haja recurso ao Lay-Off) poderá (?) permitir que, talvez, uma dúzia de clubes possam manter um nível minimamente aceitável para uma Primeira Divisão e, por via disso (empréstimos de atletas), algumas outras possam ser algo mais que equipas "amadoras".
E parem com essa ideia de que os clubecos da "ímpia aliança" iriam fechar as portas: não iriam, nem vão, nem irão, porque sempre encontrarão apoios que lhes permitam continuar a "flutuar"!
Sem esse dinheiro, todo o Desporto de Alta Competição em Portugal iria sofrer uma brutal convulsão (lembrem que é o Futebol que "financia" tudo e todos), um retrocesso de vários anos, num processo do qual o Nosso Clube em nada beneficiaria, porque do que necessitamos é de mais e melhor competição.
Há três coisas que eu dou por certas: a primeira é que o Glorioso pode manter o seu nível e em todas as modalidades, a segunda é que, até ao final da próxima época desportiva, todos os outros clubes (com a eventual exceção do Nacional e do Farense) vão dar "passos atrás", uns mais como a "osgalhada", outros menos como os andruptos (se forem à CL), os de Braga, Famalicão, Guimarães e, talvez, Vila do Conde; finalmente, a terceira é que vamos assistir a uma vaga de emigração de muitos dos melhores atletas, em todas as modalidades, em busca de países que lhes possam garantir as mesmas condições que tinham, antes do Covid19, em Portugal.
Por favor, esqueçam tudo o resto!
Não está em causa nem a saúde pública, nem a dos próprios intervenientes!
Não é, nem sequer, o Futebol que está em causa: é o futuro imediato de todo o Desporto de Alta Competição em Portugal!
Ou acham que o Estado iria "oferecer" os quase 100M€ que podem estar aqui em causa?

Viva o Benfica!
2 respostas · activo há 257 semanas
Por muito que me esforce, não consigo compreender a lógica deste decisão.

Em Espanha, os adeptos quando algo corre mal num jogo, costumam dizer "somos um meme de club". Pois é o que me apraz dizer do futebol português, somos um meme. Nunca iremos deixar de ser pequenos enquanto cada um continuar a olhar para o seu próprio umbigo e não defender o futebol como um todo. Uns são filhos outros são enteados, uns são cidadãos de primeira e os outros que se lixem. Não posso aceitar semelhante coisa. Revolta-me profundamente.É inadmissível.

E quanto ao Benfica, acho inadmissível que tenha pactuado com isto. Digo-o porque não tenho conhecimento de nenhuma declaração feita que me mostre o contrário. Compreendo as implicações de o campeonato terminar na secretária com grandes possibilidades do FCP ser campeão, eh pá, mas não aceito. O Benfica tem que vir esclarecer qual foi a posição que defendeu ou não e porquê. Não basta dizer que somos diferentes, temos de o ser. E por favor não me digam que o Benfica não podia fazer anda. Podia sim, podia ter dito que se opunha mesmo não tendo grande hipótese porque a decisão terá sido tomada por maioria, e honestamente espero que tenha sido o este o caso. Decisão tomada com o voto contra do LFV.

No que aos riscos inerentes ao reinicio dos jogos, já expressei em publicações anteriores, os riscos existem, é bom que não sejam desvalorizados e, como já foi aqui dito, não seja pior a emenda que o soneto.Mas, sinceramente, já nem quero saber tal é o repúdio que sinto pela decisão que tomada.
16 respostas · activo há 257 semanas
Não é fácil liderar neste contexto, mas parece uma boa decisão e ainda falta um mês para o reinício, tempo suficiente para acompanhar todos os dados e reajustar decisões, se for necessário.

A doença é bastante perigosa e nunca desvalorizo nada relacionado com saúde pública. No entanto, parece-me uma aberração opor saúde pública e economia. É a mesma coisa, são duas variáveis correlacionadas.

Não há saúde pública sem dinheiro, sem investimento em formação e informação, sem pessoas saudáveis física e sobretudo mentalmente. Não há saúde pública sem emprego.

Os milhares de pessoas que trabalham directa e indirectamente com o futebol dependem desta actividade para sobreviver. Podem dizer que não é uma actividade essencial, claro que não é, mas quem vende cafés, quartos de hotel, vinhos, sandálias, toalhas de praia, vassouras ou balões de água também não desenvolve actividades essenciais. Só que as suas famílias dependem destes negócios legítimos, não podemos desvalorizá-los.

Para além do mais, se esta gente falir toda - o perigo é real e iminente - o Estado também vai pagar ou acudir, seja em subsídios, ajudas às empresas/SAD e às famílias ou noutro formato qualquer.

Concordo com praticamente todas as medidas que foram tomadas na maioria dos países, mesmo aquelas que colocaram a economia de joelhos. Foram realmente necessárias. São evidentes as diferenças entre os países/governos que foram rápidos e decididos e os que não foram.

Só que o confinamento não pode ser eterno, isto é insustentável em várias dimensões. Tendo em conta os registos de novas infecções, há vários países em processo controlado de reabertura (com as devidas adaptações e mudanças de hábitos, certamente). E bem!

Pessoalmente não compreendo a decisão em França, por exemplo. Então agora preparam-se para começar a época em Agosto? Isso implica voltar aos treinos em finais de Junho ou algo parecido. Qual é a diferença, ganham um mês, é isso? Tudo bem que o campeão está decidido mas e os outros clubes? E se a Champions prosseguir, como fica o PSG?

Agora, o que não me parece correcto é a forma como este processo tem sido conduzido em Portugal. Aquela reunião entre governo, federação e os três estarolas foi um erro. E vão ter de desembrulhar a questão da segunda divisão. Se tivessem incluído todos os clubes profissionais nas conversas tudo seria diferente. Não compreendo estas arrogâncias que, no fundo, são erros de principiante.
6 respostas · activo há 257 semanas
Epa, não sejamos líricos, o dinheiro manda nisto tudo, sempre foi assim, é assim que são tomadas as decisões desde sempre. Eu sinceramente era a favor do não se retomar o campeonato, mas percebo que se retome. Estão muitos milhões em jogo e há efectivamente muitos clubes que se não se retomar, acabam como clubes profissionais, com todas as implicações que isso tem e essas não são só para os jogadores. Um clube e o negócio por trás tem muita gente envolvida e não são só os jogadores e dirigentes que qualquer que seja a decisão continuarão com os seus milhões e terão outros contratos.
Aqui o ponto de discórdia é mais em relação à 2ª liga, mas a verdade é que já vai ser um desafio logístico enorme garantir que os 90 jogos da 1ª liga se realizem conseguindo cumprir com as recomendações e limitações que a DGS irá impôr, que sería muito mais hercúleo fazê-lo com os jogos da 2ª liga.
É óbvio que vai haver descidas, assim como subidas. De outra forma, os próprios clubes da 1ª liga não concordaríam. Também é óbvio que qualquer que fosse a decisão, toda a gente ia berrar, não se pode agradar a gregos e troianos.
E não se pode comparar o futebol profissional da 1ª liga às outras modalidades. É impossível ir a todas e tentar garantir um mínimo de segurança sanitária em todo o lado. Para além de não movimentarem tanto dinheiro e terem tantos interessados. Mais uma vez, eu sou adepto e penso com o coração, mas sei bem que não é com lirismo que estas decisões são tomadas, concorde ou não com elas.
Não se esqueçam que estamos numa situação sem precedentes! Está tudo sem pistas.
11 respostas · activo há 257 semanas
Discordo profundamente da decisão tomada pelo governo. Não vou repetir os argumentos que já apresentei em comentários anteriores e aliás vários deles já foram retomados por outras pessoas nos seus comentários. Uma coisa que me irrita especialmente é que o futebol profissional é tratado de forma diferente e privilegiada em relação a todas as outras atividades desportivas, algumas das quais, como o ténis, de risco bem menor em termos sanitários. Por outro lado, há algumas equipas, como as insulares, que são especialmente prejudicadas pois terão de fazer todos os seus jogos no continente. Dito isto, julgo que o governo não tinha alternativa. Nenhuma solução seria boa ou justa e o governo está submetido a uma enorme pressão. Não permitir o fim da época 2019/2020, mesmo nestas condições deploráveis, significaria provavelmente a ruína financeira de grande parte dos clubes, os quais dependem totalmente das receitas dos direitos televisivos. Não é que me desagradasse a falência de alguns deles, dirigidos por pessoas sem escrúpulos, mas o que é que isso significaria para o desporto de alta competição em Portugal?
1 resposta · activo há 257 semanas

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