Portugal 19 de Março de 2015
O futebol português, passa a maior
parte do tempo em autênticas cenas de
folclore mais vocacionado para o entretenimento cómico do que propriamente para
o enriquecimento cultural e desportivo.
Esteve bem o gabinete de comunicação
do Benfica quando após o empate no SCP - Benfica, lembrou que “acabou o
black-out e começou o folclore”. De facto não se percebe esse clube que se
apelida abusivamente de “Portugal”, sem ninguém lhe ter dado procuração para
representar o país, e que sistematicamente
dá exemplos de tacanhez e atrofia mental, que não dignificam “Portugal”.
Vieram acusar o Benfica do mau gosto das tarjas que os NN colocaram no Benfica
– SCP em Futsal, mas nada referiram, sobre uma t-shirt que circulou antes desse mesmo jogo de Futsal e que era ofensiva para a
memória de 3 membros dos NN que faleceram em 1995 quando regressavam de Split
na Croácia, após jogo da Champions. Também nada referiram sobre a vandalização
de um mural que glorifica craques do Benfica já falecidos. Podiam ter dito que
lamentavam embora nada tivessem que ver com os seus autores, mas nada disseram,
limitando-se a atacar o Benfica. Como aliás fazem sempre.
Pois se o SCP esteve mal ao
aproveitar-se de uma minudência para cortar relações desportivas com o Benfica,
também o Benfica esteve mal ao não ter
potenciado o conhecimento público desses dois argumentativamente poderosos,
que eram a tal t-shirt ofensiva para os NN e a vandalização de um mural de
benfiquistas. Ao optar pelo estilo folclórico, o Benfica perdeu uma
oportunidade de se defender pela via do contra ataque. E é importante demonstrar força, para impor respeito, coisa que não
costumamos fazer.
Desde esse longínquo empate com o
SCP até hoje, o folclore tem-se sucedido
ao ritmo dos episódios das novelas: nas noticias, nas entrevistas, nas
declarações públicas de altos dirigentes do nosso futebol, etc.
Assim para responder ao folclórico
comunicado do Benfica que glosou com o fim do black-out do SCP, reagiram estes
contra atacando o Sr.º Vieira, não se inibindo de utilizar um tom de alguma
baixeza ao tornarem públicos supostos episódios que aconteceram entre Vieira e
o motorista do Sr.º Bruno de Carvalho, ou numa suposta reunião solicitada para
dominar o futebol português. Ao baixo nível das acusações leoninas, respondeu o
Benfica de forma efeminada, terminando a discussão com um “não alimentamos
mitómanos”, ou coisa parecida.
Que o Sr.º Vieira no seu “modus
operandi” de “comprar” tudo (Pragal Colaço, Eduardo Moniz e Varandas Fernandes
entre outros que no passado o contestaram) tenha agendado uma reunião com Bruno
de Carvalho para limar as habituais “arestas” que o incomodam (a ele, não ao
clube), não me surpreenderia. Mas que o tivesse feito através do motorista de
BdC, isso não acredito e reputo de agressão gratuita, mais um mau exemplo do
tal clube de “Portugal”.
Também o Sr.º Pinto da Costa,
presidente do FCP, o tal que acha que “só os estúpidos falam de arbitragens”
veio a terreiro defender a teoria que o Benfica está a ser levado ao colo pelos
erros dos árbitros. Não sabendo explicar porque razão o Benfica mais fraco dos últimos 6 anos ganhou de forma convincente em
casa do FCP mais caro dos últimos 6 anos, partiu para o contra ataque
utilizando a sua habitual táctica de fazer dos outros estúpidos. Atenção
contudo, que este folclore não é
gratuito e tem uma estratégia associada. Ele apenas está a preparar o
terreno para que, quando os seus amigos da arbitragem fizerem o “servicinho”
(como aliás têm tentado nos últimos jogos), ninguém se admirar porque se
percebe existir uma espécie de “compensação”. Não sei se repararam mas desde
que PdC falou no assunto, vieram logo os habituais jornalistas sportinguistas e
portistas criar os mais díspares cenários de “favorecimento”. Desde o número de
jogos que o Benfica joga em superioridade numérica, e quantos desses jogos
ganhou nessa situação, aos bloqueios que os árbitros não vêem, tudo serve para
atirar “pedras”. Até leio um que descobriu que o Benfica é líder a provocar
expulsões.. mas não somos a equipa que tem mais expulsões a favor? Ou há necessidade de requentar o tema para
tentar criar outro que é igual ao anterior, e assim continuar o falatório?
Pois neste folclore dos dirigentes, onde se incluem os nossos especialmente
por não saberem dançar o fandango, mais o folclore dos jornalistas do costume,
os tais que já crucificaram o Paulo Almeida, o Robocop, o Cristiano, o Roberto,
o Emerson, etc, e agora cozinham o cardápio adequado aos interesses que o FCP
têm na arbitragem, que lhe permite sonhar com o título. Se foram beneficiados,
como têm sido nas grandes penalidades com o Braga e tantas outras situações
análogas, técnicas ou disciplinares, ninguém irá reparar se o Benfica for
prejudicado nos jogos que faltam.
Isto é mesmo muito folclore...