Portugal 27 de Junho
de 2017
Nos dias que correm
o nome do Benfica tem sido conspurcado
com diversas noticias fazendo referência a comportamentos ilegítimos,
ilegais e eventualmente sancionáveis pela Justiça Civil e Desportiva. Temos
sido atacados de forma organizada pelos dois rivais, um que toma a iniciativa e
outro que reproduz as ondas de “choque”, e com um objectivo evidente que é condicionar toda a envolvente futebolística do
Benfica, para a próxima época desportiva.
Ganhar 4
campeonatos seguidos aos rivais, é algo inédito não só para o Benfica mas nos
tempos que correm, em particular se atendermos que antes disso, a mesma “estrutura” da SAD tinha ganho
apenas os campeonatos de 2004/2005 e 2009/2010, mas tinha “oferecido” um tetra
(2005/2009) e um tri (2011/2013) ou seja, 7 campeonatos em 8 possíveis, ao FCP.
É bom relembrar
isto porque os adeptos do Benfica são
sonhadores e pouco dados a estudar os problemas do clube, preferindo
“regurgitar” o que lêem na comunicação social (e os títulos que esta SAD “ofereceu”
ao FCP, não lêem de certeza). Ora a comunicação social, entenda-se, os respectivos patrões/ proprietários, são
apoiantes do actual modelo de gestão do Benfica por variadas razões que não
cabem neste texto.
Dito isto e
voltando aos e-mailes e sms, na minha
opinião não existe matéria grave que possa afectar desportivamente o clube.
Fundamento esta dedução num pormenor tão simples que parece ninguém ter
percebido: se os e-mailes e sms fossem de especial gravidade, os responsáveis do FCP e do SCP teriam guardado
sigilo, teriam entregue essas “provas” ao DIAP do MP e aguardariam o evoluir
das diligências desta entidade em conjunto com a PJ. Ao optarem por tornar
público os alegados “trunfos” que tinham, na minha opinião, FCP (e SCP a reboque) sabem que não há
conduta ilícita e apenas pretendem emporcalhar o nome do Benfica através do
julgamento popular, o único de que não há recurso possível! Uma vez “condenados”,
não há volta a dar, pelo menos na opinião pública. E é isso, e nada mais que
isso, que me parece que eles pretendem.
Ora o Benfica, fruto de uma deficiente estratégia de
comunicação, tem deixado que ao longo dos anos se crie a ideia de que somos beneficiados
pela arbitragem. Porquê? Não sei, mas desde que Vieira recebeu o emblema de
ouro pelos 50 anos de sócio sem ter recebido o emblema de prata pelos 25 anos
de sócio (como se comprova através do jornal BENFICA) é possível pensar em tudo.
O que é certo é que
a passividade do Benfica tem conjugado
bem com a agressividade dos rivais. Até que este ano se bateram recordes
negativos de acusações, muitas de especial gravidade, como escrevi atrás sem ilícito
penal ou desportivo, mas que mancham a
reputação do clube e da sua honrada história. Aparentemente, desta vez a
SAD “disparou” processos em várias direcções! Vamos ver quantos avançam mesmo, ou quanto são a fazer de conta que se está a
defender o clube.
Contudo, apesar de
não ver ilícito de espécie alguma, fica mais ou menos evidente como funciona a
SAD liderada pelo Sr.º Vieira, o “estranho” empresário que por onde passa deixa
quase sempre um rasto de falências enquanto a sua situação patrimonial se engrandece
(isto não é uma calúnia, resulta da apreciação dos factos conhecidos e divulgados
na internet). E qual é então o “modus operandi” de Vieira? É simples: conhecer os pontos fracos de um conjunto de
pessoas ligadas ao aparelho que gere, organiza e manda no futebol.
Qual o interesse
disto? Aqui cada um que veja como entender. Eu vejo algum paralelismo entre esta “sede” de conhecer as fragilidades de quem
pode ter interferência no sucesso ou insucesso futebolístico, e a sua forma de
proceder enquanto empresário, tal como foi retratada no “famoso” livro (não
publicado) divulgado por Pinto da Costa numa entrevista à RTP em 1 de Abril de
2010, “O águia do graveto”. Minar e
tirar partido, foi uma das características que esse livro (não publicado,
mas de que há referências na internet) evidenciou explicando como, pelo menos,
um negócio fraudulento lhe rendeu uns quantos milhões de euros.
No Benfica actual parece
existir a mesma cultura. Não me parece
que seja uma cultura que enobreça o clube, mas dado que os “notáveis” agora
não aparecem a dizer nada (como apareciam quando Vale e Azevedo era presidente
a gerir um clube falido e sem receitas), dado que as sondagens dão uma enorme
popularidade ao Sr.º Vieira, se calhar sou eu que estou a ver mal...